Rio - Como se não bastassem o Torneio Rio-São Paulo e a Taça Guanabara, ambos perdidos, além da derrota para o Olaria, o técnico Valdyr Espinosa levou mais um susto na manhã do domingo. Ele recebeu telefonema da diretoria do Fluminense e logo partiu para uma reunião de emergência. Até chegou a pensar em demissão.
"Não é normal ser chamado para uma reunião domingo de manhã. Mas foi apenas uma conversa, em que tentamos encontrar soluções para os problemas que o time vem enfrentado", explicou Espinosa.
A reunião, realizada numa churrascaria na Barra da Tijuca, durou mais de quatro horas e foi cercada de mistérios. Segundo o supervisor de futebol Cacau Barbosa, nem ele sabia o que estava acontecendo.
Estavam presentes o superintendente de futebol Paulo Angioni, o vice-presidente de futebol Marcelo Penha, o presidente David Fischel, Valdyr Espinosa e seu auxiliar Rivelino Serpa. Após a reunião, Paulo Angioni garantiu a permanência de Espinosa no cargo e explicou os motivos da inesperada conversa. "Foi uma reunião de emergência por causa de um resultado que não era previsível, ou seja, a derrota para o Olaria. Aproveitamos a folga para trocar idéias valiosas. Não há mudanças", disse Paulo Angioni.
Refeito do susto, Espinosa considerou a conversa proveitosa. "Solucionar os problemas do Fluminense é preocupação de todos. O time não pode enfrentar os percalços que tem enfrentado", disse o treinador, que demonstrou tranqüilidade sobre a possibilidade de demissão. " Sou um profissional e hoje estou técnico do Fluminense. Amanhã, posso sair. Mas se isso acontecer será em clima de amizade e respeito, como aconteceu na reunião".