Santos - No dia seguinte à derrota diante do Botafogo, em Ribeirão Preto, os jogadores do Santos prosseguiram reclamando das arbitragens. E muito. Caíco chegou a insinuar que existe algo mais entre o gramado e o vestiário do que crê nossa vã filosofia.
“Parece que existe um complô contra o Santos”, afirmou o meia santista, queixando-se da atuação da dupla de árbitros Paulo César de Oliveira/Anselmo da Costa, na partida de domingo.
A teoria da conspiração alvinegra sugere que as faltas e pênaltis marcados a favor da equipe somente acontecem quando não existe a menor dúvida, como disse o lateral-esquerdo Léo logo após o jogo. “Ele (Anselmo da Costa) só apontou pênalti sobre o Deivid porque não tinha outro jeito. Se tivesse um mínimo de dúvida, não dava”, sugeriu o lateral.
Geninho é a voz discordante. Para o treinador, o clima de Arquivo X que paira sobre a Vila Belmiro está apenas na cabeça dos jogadores. “Temos que nos concentrar no nosso jogo. Estamos prestando mais atenção no juiz do que no adversário e querendo jogar contra os dois”, reclamou o técnico do Peixe.
Apesar de prometer que não ia falar mais sobre arbitragem, Fábio Costa abriu uma exceção para fazer um único comentário: “O problema é que nós estamos jogando contra o time adversário e o árbitro!”, lamentou.
Reclamar dos juízes já virou uma espécie de instituição em Santos, graças ao fantasma de Márcio Rezende de Freitas, que dirigiu a final do Brasileiro de 95. Naquele dia, o Peixe perdeu o título graças a um gol de Camanducaia anulado irregularmente. Seria o gol do título. “Nosso time é muito jovem e acaba deixando-se levar por essas lembranças”, afirmou Geninho.