Rio - Duas semanas após a abertura da
temporada, na Austrália, a Fórmula-1 segue para a Malásia, onde
pilotos e equipes terão de enfrentar um novo adversário a partir
da madrugada desta sexta-feira, quando começam os treinos livres:
o calor.
”As duas primeiras edições do GP foram disputadas no fim do ano,
quando a temperatura é bem mais amena”, explicou o tricampeão
Michael Schumacher. “Agora as condições do clima serão bem mais
adversas. O tempo deverá estar úmido no fim de semana e pode
chover. Isto sem falar no forte calor. Certamente, do ponto de
vista físico, será um desafio para todos os pilotos”, acredita.
Desde que o GP da Malásia passou a fazer parte do calendário,
apenas uma escuderia chegou ao lugar mais alto do pódio. Em 1999,
com o irlandês Eddie Irvine, a Ferrari conquistou a primeira
vitória no Circuito de Sepang, na prova que marcou a volta de
Michael Schumacher às corridas, após se recuperar do acidente em
Silverstone. No ano seguinte, a equipe de Maranello repetiu a
dose, desta vez com o próprio Schumacher, já tricampeão. O
resultado garantiu à Ferrari o segundo título consecutivo de
construtores.
”Naturalmente, temos boas recordações de Sepang”, afirmou o
alemão.
”A pista é desafiadora e segura. Em Melbourne, mostramos que o
carro é rápido e confiável, mas sabemos que na Malásia teremos
mais dificuldades, sobretudo por causa das condições
meteorológicas.”
Ao contrário de seu companheiro, que estava afastado das pistas
desde a etapa australiana, o brasileiro Rubens Barrichello
participou de duas sessões de testes na Europa.
”Testamos opções aerodinâmicas para a corrida deste domingo e
trabalhamos em alguns componentes novos”, explicou Rubinho, que
utilizou o carro reserva nos treinos.
”Na Malásia fará muito calor, mas nada que eu já não esteja
acostumado, pois o clima será muito parecido com o que encontrei
durante minhas férias no Brasil.”