Porto Alegre - O Caxias fará uma nova tentativa neste fim de semana para cobrar os R$ 650 mil do Grêmio pela contratação do centroavante Adão, ocorrida em agosto do ano passado. Adão foi dispensado pelo técnico Tite, não participou da pré-temporada e, quarta-feira, foi emprestado por quatro meses ao Joinville.
Elói Neves, coordenador do colegiado que assumiu o Caxias após a conquista do Gauchão, reclamou ontem do descaso com que vem sendo tratado pelos dirigentes do Grêmio.
”Já liguei mais de 20 vezes e ainda não consegui falar com o presidente José Alberto Guerreiro. Ele dá a impressão de estar se escondendo. O Grêmio precisa enfrentar os problemas de frente”, ensinou Neves.
Conforme Rudimar Pontalti, outro integrante do colegiado, o Grêmio prometeu pagar R$ 100 mil em setembro passado e os restantes R$ 600 mil em 31 de dezembro.
”Recebemos apenas metade dos primeiros R$ 100 mil. Só ficar contando histórias não resolve. O Caxias precisa desse dinheiro para equilibrar o seu orçamento”, queixou-se.
Elói Neves, que estará em Porto Alegre nesta sexta-feira, convidou os dirigentes do Grêmio para um almoço em Caxias do Sul antes do jogo entre os dois clubes pelo Gauchão. O objetivo é estabelecer uma nova fórmula de parcelamento da dívida.
”Precisamos conversar como dirigentes de alto nível”, disse Neves.
O ex-presidente do Caxias Nélson D’Arrigo ainda espera receber do Grêmio R$ 250 mil relativos a Sandro Neves. Melhor lateral-esquerdo do último Gauchão, o jogador foi vendido por R$ 500 mil. O passe pertencia a D’ Arrigo. Assim como Adão, Sandro Neves não emplacou. Na semana passada, voltou ao Caxias emprestado até dezembro. O custo será o pagamento de metade do seu salário.