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Guga diz que falta de concentração foi crucial
Sexta-feira, 16 Março de 2001, 10h58
Atualizada: Sexta-feira, 16 Março de 2001, 20h23

Rio - O brasileiro Gustavo Kuerten admitiu que o americano Jan-Michael Gambill não deixou que seu jogo fluísse como ele gostaria, o que acabou o desconcentrando na partida da última quinta-feira, quando foi eliminado nas oitavas-de-final do Master Series de Indian Wells, nos Estados Unidos, ao perder por 2 sets a 0 - 7/6 (7-5) e 6/4). Com a derrota, o tenista brasileiro teve quebrada uma série de 14 vitórias no ano.

”Eu não consegui colocar a minha cabeça o tempo todo no jogo. Jogava bem um ponto e depois mal o outro. Não me senti da maneira que gostaria para estar em um bom nível para vencer o jogo. Ele jogou bem e sacou bem. Eu, por outro lado, não estava sentindo a bola na raquete e não estava à vontade para fazer o meu jogo. Talvez ele tenha feito a coisa certa de não me deixar jogar como eu queria”, declarou.

Segundo o brasileiro, a derrota no tie-break do primeiro set depois de ter algumas chances para fechá-lo foi determinante na derrota, pois frustrou o tenista, que acabou desanimando no segundo set.

”O tie-break foi crucial para mim. Tive algumas chances de quebrá-lo antes, no 5/5, e errei. Fiquei frustrado e com certeza joguei pior no segundo set. É duro, você está lá jogando, jogando e tentando chegar ao tie-break e depois perde o set. Senti mais do que deveria quando perdi o primeiro set.”

Considerado um jogador educado, Guga tentou explicar o fato de ter jogado a raquete no chão após o juiz ter dado como boa uma bola de Gambill que o brasileiro achou que tivesse ido para fora:

”Algumas vezes o jogo está tão parelho e chega a um nível em que qualquer coisa que dá errado é crucial. Foi isso que aconteceu naquela hora. Fiz o que senti. Foi um impulso. Eu gosto de jogar tênis e de competir e quando estou bravo, estou bravo. Não escondo os meus sentimentos”, justificou.

Gustavo Kuerten aproveitou a oportunidade para defender a realização de um torneio da ATP no Brasil. Para ele, os americanos levam vantagem pelo grande número de competições que são realizadas naquele país.

”Não temos nenhum torneio no Brasil. Precisávamos ter pelo menos um, pois assim seria muito mais fácil. Os caras que moram nos Estados Unidos podem jogar aqui (nos EUA) e viajar para fora duas vezes por ano. Eu estou fora do meu país durante o ano todo. É a única coisa ruim de ser brasileiro, o resto é muito bom”, completou.

L!Sportpress


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