São Paulo - Apesar de ter conquistado a vaga para a final do Rio-São Paulo na disputa de pênaltis e não ter perdido nenhuma partida do Campeonato Paulista na decisão por penais, não se pode dizer que o São Paulo está levando sorte neste fundamento.
No Paulistão, a equipe tricolor deixou de conquistar pontos importantes, que poderiam ter evitado a disputa por pênaltis, por desperdiçar penalidades máximas durante as partidas.
A primeira vítima da síndrome dos pênaltis foi o atacante França. O jogador, que sempre teve um dos melhores índices de aproveitamento nos tiros diretos, passou a errar o fundamento com freqüência e perdeu a condição de batedor oficial de penais para o lateral-direito Belletti.
Mas o estigma dos pênaltis parece assustar os jogadores do tricolor e, na partida de sábado, quando o São Paulo vencia a Portuguesa Santista por 1 a 0, Belletti desperdiçou seu segundo pênalti consecutivo – o jogador havia perdido um pênalti no clássico contra o Palmeiras.
Mas, apesar dos vacilos de Belletti, o técnico Vadão não pretende substituir o jogador na função. “O Belletti tem o melhor aproveitamento nas cobranças de pênaltis nos treinamentos e não vou substituí-lo”, disse o treinador tricolor, que considera os erros como parte do futebol.
Vadão disse também que pensou na possibilidade de substituir Belletti na disputa de pênaltis. “Contra a Santista, pensei em relacionar o Rogério entre os batedores na decisão por pênaltis. Mas o Belletti me pediu para bater o pênalti novamente e eu confiei nele. Ele mostrou personalidade, chamou a responsabilidade para si e fez o gol, por isso ele vai continuar sendo o batedor oficial da equipe”, elogiou o técnico Vadão.