São Paulo - Ele chegou aos poucos no time titular do Palmeiras e aos poucos vem ocupando seu espaço na equipe. O meia Tupã, um dos jogadores que, no início do ano, vieram do Palmeiras do Nordeste para fazer testes no time paulista, já é presença constante nos jogos do Verdão.
Entrando no decorrer das partidas, o jogador vem ganhando a confiança do técnico Celso Roth. No último domingo, contra o União Barbarense, ele substituiu Felipe e marcou um gol, o seu primeiro pelo Verdão. “Por toda a dificuldade que eu passei para chegar aqui, esse foi o gol mais importante da minha carreira. Eu nem sabia para onde correr, mas tinha que agradecer ao professor que me deu a oportunidade de jogar”, afirmou o atacante de 27 anos.
Tupã começou a jogar futebol tarde. Aos 22 anos, quando disputava um campeonato amador pela seleção da cidade de Itapetinga, na Bahia, ele foi chamado pelo Poções para um período de testes. Cinco anos depois, mais testes no Palmeiras. Só que desta vez, com uma dificuldade a mais.
“Para mim, o mais difícil era a distância da família. Pensei até em ir embora e largar tudo”, conta o jogador, que não vê a esposa Elisângela e a filha Michele desde fevereiro.
A saudade, porém, tem um prazo para acabar. Depois de deixar o alojamento da Academia de Futebol, e mudar para um apartamento, Tupã pretende trazer a família para São Paulo na próxima semana. Outra questão familiar, porém, preocupa o jogador. Tupã quer reencontrar a mãe, Leci Maria Nunes, que ele não vê há 20 anos.
“Para mim seria muito importante que ela aparecesse. Não me lembro dela e queria encontrá-la”, diz o jogador, que perdeu o contato com a mãe quando se mudou com o pai e o irmão de Guarulhos para Amargosa, no interior da Bahia.
Morando em São Paulo e jogando no Palmeiras, Tupã espera ter uma oportunidade maior de realizar o sonho de encontrar sua mãe. “Eu já entrei em contato com o meu irmão para ele mandar algumas coisas para cá. Acho que minha mãe já devia até ter aparecido”.