Fortaleza - O presidente do Ceará, Edmílson Moreira, ameaçou renunciar ao cargo da diretoria executiva do Ceará no início da tarde de terça-feira. Chegou a redigir a sua carta-renúncia, entregando-a para o supervisor Dimas Filgueiras, que posteriormente passaria para o presidente do Conselho Deliberativo, Raimundo Chaves. Mas Dimas preferiu reunir os conselheiros na noite de quarta e convidou Edmílson para tentar demovê-lo da idéia de deixar a presidência do Alvinegro.

Com a informação vazada para a imprensa no início da noite de quarta, diversos conselheiros se dirigiram ao local da reunião para reforçar o pedido ao dirigente Edmílson Moreira. Dentre os conselheiros, estavam presentes Castelo Camurça, Elísio Serra e José Lino da Silveira. Ao ameaçar deixar o cargo de presidente do Ceará, Edmílson alegou problemas de ordem particular. Ele não teria gostado de alguns panfletos lançados na cidade denegrindo a sua imagem. Também se mostrava insatisfeito com a falta de apoio para prosseguir o seu trabalho.

Edmílson assumiu o Ceará no dia 27 de novembro do ano passado substituindo a Gestora Alcântara & Mendes, que não teve uma boa passagem no clube. Durante os quatro meses de Ceará, Edmílson trouxe o técnico Arnaldo Lira e contratou diversos pacotes de jogadores. Alguns já foram embora. Agora, com a equipe subindo de produção, os conselheiros estranharam o seu pedido de renúncia.

"Ele mostrou o seu descontentamento em alguns pontos, mas deixamos claro que a sua presença era muito importante justamente no momento em que o Ceará voltou a vencer e a torcida promete comparecer aos estádios'', comentou o conselheiro Castelo Camurça aos final da reunião. O presidente do Conselho Deliberativo, Raimundo Chaves, juntamente com os outros componentes, também convenceu Edmílson a viajar para Curitiba nesta quarta, onde o alvinegro disputa uma vaga para a próxima fase da Copa do Brasil. Ele vai participar, ainda, da reunião do Clube Brasil, nesta sexta-feira, na cidade de Florianópolis. Ainda irritado, o presidente saiu rapidamente da reunião e não prestou esclarecimentos para a imprensa.

O Povo