Porto Alegre - A dívida atual do Grêmio é de R$ 35 milhões, dos quais R$ 14 milhões, referentes a débitos fiscais, já foram refinanciados através do Refis (Programa de Recuperação Fiscal). A revelação foi feita na terça-feira pelo presidente José Alberto Guerreiro, durante o programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha. O dirigente mostrou-se indignado com rumores sobre um passivo de R$ 70 milhões.
“Nossa situação financeira é absolutamente tranqüila e administrável. A torcida não precisa ficar preocupada”, garantiu Guerreiro.
O dirigente projeta uma melhora sensível nas finanças tricolores a partir de julho. Nessa data, o Grêmio poderá descontar diretamente do Clube dos 13, depositário da verba paga pela Rede Globo pelos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro, os cerca de R$ 8 milhões devidos por Botafogo, Fluminense, Atlético-MG e Bahia pela contratação de Magrão, Agnaldo, Fabinho, Cleison e do goleiro Émerson.
A inexistência de cláusula rescisória no contrato com a ISL não é motivo de preocupação, entende Guerreiro. “Questões ligadas a rompimento de contrato são normalmente resolvidas pela justiça. Além disso, pelos valores já investidos no clube, a ISL certamente seria a menor interessada em desfazer a parceria.”
Guerreiro esclareceu, também, que o Grêmio dispõe de um prazo de 15 anos para devolver, sem juros, valores repassados pela ISL. A dívida de R$ 6 milhões com o Banrisul, pendente desde 1991, e que quase motivou o leilão de Danrlei e Gavião, já está sendo quitada pelo Grêmio, de forma parcelada. Em dezembro, foram pagos R$ 450 mil. Outra parcela, de R$ 130 mil, foi paga em janeiro.