Rio - A advogada do meia Juninho Pernambucano, Gislaine
Nunes, afirmou que não vê mais possibilidade de os dirigentes do Vasco
derrubarem a liminar obtida na terça-feira, no TST (Tribunal Superior do
Trabalho), confirmando o direito do jogador ao passe livre. Ela afirmou que
a liminar concedida ao Vasco pelo juiz Hildebrando Gonçalves, do TRT
(Tribunal Reginal do Trabalho) do Rio de Janeiro, foi anulada por uma
decisão do ministro Francisco Fausto, corregedor geral do TST, em Brasília.
Segundo a advogada, a diretoria do Vasco pode esquecer o caso, acrescentando
que Juninho já pode se considerar livre para jogar futebol em que clube
quiser. O julgamento do caso começa no próximo dia 16, às 9 horas, quando
será realizada na 41ª Vara da na Justiça do Trabalho do Rio a primeira
audiência para solucionar o litígio.
Gislaine Nunes lembrou que as decisões dos juizes do TST têm sempre como
base o princípio de constitucionalidade e disse ser impossível a direção do
Vasco mudar a situação a seu favor.
Ela revelou ainda que os advogados do clube alegaram não terem cumprido as
obrigações contratuais como pagamento de salários e depósito do FGTS em
favor de Juninho, em razão de a TV Globo não ter pago ao Vasco os valores
relativos a cotas de transmissão de partidas do time. Esse argumento,
segundo ela, é estranho e só piorou a situação do Vasco, acabando por
caracterizar a existência das dívidas reclamadas pelo jogador. Gislaine, que
é advogada do Sindicato dos Jogadores Profissionais de São Paulo, afirmou
também que não adiantou o Vasco recolher à última hora o total do FGTS - R$
162 mil - que era devido a Juninho.