São Paulo - A indefinição quanto à situação de Ronaldinho já começa a preocupar o PSG. O suíço Eric Lovey, representante do clube francês, mostra alguma inquietação com a possibilidade de o craque ficar só treinando até julho, quando passará a vigorar seu contrato.
”Por enquanto, ele está motivado pela perspectiva de atuar pela Seleção. Mas a motivação poderá diminuir com a passagem dos dias”, teme o suíço.
Além de trabalhar com seu primo que é preparador físico, Ronaldinho realiza trabalhos na Sogipa e participa de treinos do São José. Lovey não mostra muita convicção na volta do jogador aos gramados antes de julho, embora respeite o trabalho do advogado Sérgio Neves, que tenta cassar a liminar obtida pelo Grêmio na Justiça do Trabalho.
”Na Suíça seria difícil ele jogar, já que o campeonato acaba dia 15 de maio e somente a partir de abril a Fifa arbitrará o valor do passe”,afirma.
Pelos cálculos de Lovey, o passe do jogador não será estipulado em mais de US$ 4 milhões. Pela liminar obtida pelo Grêmio, Ronaldinho só pode ser negociado com clubes brasileiros por R$ 84 milhões. Em caso de venda para o exterior, a negociação é livre. Dia 20 de abril será realizada audiência de conciliação entre jogador e clube.
Dos atuais 36 jogadores do PSG, pelo menos nove serão liberados. A permanência de Christian não é garantida, principalmente por ser atleta comunitário e poder atuar em qualquer país da Europa. A possibilidade de que Ronaldinho tenha dificuldades de ambientar-se não é descartada.
”Espero que ele leve toda a família e alguns amigos para morar com ele na França. Seria muito bom para facilitar a adaptação que ele continuasse a participar dos pagodes” – diz Eric Lovey, sugerindo também que Ronaldinho leve na bagagem alguns quilos de feijão.