Salvador - Seguindo uma prática empregada há muito tempo pelos grandes clubes na Europa e que começa a ganhar força no Brasil, o Bahia vai montar uma equipe filial para disputar a segunda divisão do Campeonato Baiano, além de torneios e amistosos.
O novo clube, cujo nome será Real, vai aproveitar boa parte da estrutura e dos profissionais do Bahia. Entretanto, ele deverá ter identidade própria, com uma diretoria independente da matriz. O presidente deverá ser José Raimundo Carvalho, atual coordenador administrativo das divisões de base.
Para a concretização da fundação do time falta apenas a regularização de aspectos burocráticos, como a inscrição na Federação Bahiana de Futebol e a formação do Conselho. O objetivo maior é dar atividade aos jogadores profissionais que não estiverem sendo aproveitados, além dos juniores que ultrapassam a idade limite da categoria.
"Com o time B, o treinador do profissional vai ter o privilégio de acompanhar o rendimento e a evolução desses atletas para saber se há condições técnicas de alguns serem utilizados no Bahia", detalha Bobô. "Se alguém não for aproveitado, o clube pode também vendê-lo ou emprestá-lo", completa.
Esse tipo de estratégia tem sido bastante comentada na Bahia por causa da parceria entre o Independente, de Feira de Santana, e o Palmeiras. Mas o modelo já é velho conhecido de times como Barcelona, Real Madrid e Milan, que mantêm um clone nas divisões de acesso dos campeonatos nacionais.
"Não queremos que ninguém que tenha contrato com o clube fique sem atividade. No fim de semana, enquanto o time principal estiver jogando na Fonte Nova, os outros jogadores não vão ficar como espectadores, mas sim jogando em algum outro lugar", explica Bobô.