Rio - Mesmo depois de ter passado por diversas reformas recomendadas pela FIA, o circuito de Interlagos continua sendo alvo de severas críticas de pilotos e membros de escuderias, que estão em São Paulo para a disputa do GP do Brasil, neste domingo. Situado na periferia da cidade, o Autódromo José Carlos Pace é conhecido por ser um dos mais ondulados de todo o calendário, apesar do recapeamento do asfalto que é feito a cada ano.
“As condições da pista estão longe de serem as ideais”, disse o chefe da equipe BAR, Craig Pollock, em entrevista ao jornal inglês "The Guardian". “Pessoalmente, acho que o paddock e os pits também deixam a desejar”, acrescentou.
Por outro lado, foram construídas áreas de proteção para os comissários de pista, para evitar acidentes como o do GP da Austrália, que acabou causando a morte de um fiscal. A organização garantiu também que não haverá perigo de placas de propaganda se desprenderem, como aconteceu durante o treino oficial do ano passado. Ainda assim, o coordenador da McLaren, Jo Ramirez, teme que o GP possa estar ameaçado, apesar de contar com o apoio de Bernie Ecclestone, todo-poderoso da categoria.
“Conversei com o promotor da prova, Tamas Rohony, e disse que embora o Brasil seja um país muito querido por todos na F-1, se as condições não melhorarem, e muito, a corrida pode estar com seus dias contados”, declarou ele à revista "Autosport".
Para piorar, oito computadores da Jaguar foram roubados na madrugada da última quinta-feira. Outras equipes também não estão tendo vida fácil. Desde que chegou a Interlagos, a Williams está tentando instalar seis modems, mas não consegue linhas telefônicas.
“Ano passado, parecia que finalmente, a organização tinha acertado. Mas este ano, tudo tem sido mais difícil”, afirmou o diretor da equipe, Dickie Stanford.