São Paulo - Da lavanderia à cozinha, a Fórmula 1 acelera também os trabalhos nos hotéis da cidade de São Paulo durante a semana do Grande Prêmio do Brasil, que acontece no domingo.
Segundo o Sindicato dos Hotéis, Bares e Restaurantes de São Paulo, o número de hóspedes aumentou em 100 por cento nesta semana, e os restaurantes tiveram um aumento de 10 a 15 por cento no faturamento.
Mas a maior agitação mesmo acontece onde as equipes se hospedam. O Hotel Transamérica recebeu nesta semana cerca de 500 pessoas entre pilotos, mecânicos e chefes de equipe, segundo o gerente Moussa Pedro.
Só não estão lá os pilotos da McLaren Mika Hakkinen e David Coulthard -- por que têm contrato de patrocínio com outra rede hoteleira -- e os brasileiros (Rubens Barrichello, Luciano Burti, Enrique Bernoldi e Tarso Marques), que preferem ficar com a família.
``A gente entra em ritmo de Fórmula 1, tem que ser tudo muito rápido, corrido, e as pessoas se envolvem'', disse Moussa Pedro.
O hotel Transamérica, além de contar com uma equipe base bem preparada, precisa contratar pessoal de apoio. São empregados temporários para a parte de limpeza, telefonia, bares e restaurantes e lavanderia.
De acordo com o gerente, no bar o movimento aumenta de 25 a 30 por cento. Já a cozinha tem que trabalhar em tempo recorde para atender aos pedidos, principalmente no jantar, já que no horário do almoço a maioria das pessoas está fora.
Os pedidos não costumam ser muito exóticos -- não passam de morango, fruta do conde, caqui e manga --, mas ninguém sai sem provar a famosa caipirinha brasileira.
A correria só termina na segunda-feira, quando 90 por cento das pessoas deixam o hotel. Ou melhor, começa outro tipo de trabalho, já que é preciso arrumar tudo quando a principal categoria do automobilismo deixa a cidade.
``A gente fica triste, mas precisa administrar todo o após, limpar os apartamentos, arrumar tudo de novo'', diz Pedro.