São Paulo - O meia Robert, do Santos, se livrou de um furacão ao quebrar duas costelas no clássico entre Santos e Corinthians. "Só dói quando eu dou risada", disse o meia na ocasião.
Quem não sorriu foi o Santos. Quando seu principal armador saiu do clássico contra o Timão, a equipe perdia por 1 a 0. Levou mais quatro gols, saindo de campo goleada pelo arqui-rival. Na partida seguinte, o Peixe foi derrotado pela Ponte Preta, aprofundando a crise na Vila Belmiro. A reabilitação só veio com o retorno de Robert. O camisa 11 foi um dos destaques da equipe na vitória sobre o Palmeiras por 3 a 1.
"Um jogador como o Robert sempre faz muita falta, principalmente porque atravessava uma grande fase e eu não tinha substitutos para o setor", analisa Geninho, levantando as mãos para o céu por contar novamente com o jogador.
Robert é o único que não quer falar em "contusão providencial". Ele preferia ter estado em campo, de qualquer jeito. "Sorte nada! Eu preferia ter jogado. A equipe precisava de mim", afirma o meio-campista, que ainda sente dores na região da fratura e usa uma cinta elástica durante os treinamentos diários.
Robert queria ter atuado pelo Santos. Mas e a Seleção Brasileira? A contusão veio na véspera da apresentação dos convocados para a partida contra o Equador, em Quito. Seria a estréia do santista em Eliminatórias para a Copa do Mundo. "O Leão falou para eu continuar trabalhando que ia me chamar de novo. Mas estou muito chateado", disse o jogador, na ocasião.
Mas o que ele não sabia é que estava escapando de uma boa. Acabou sendo preservado do fiasco brasileiro na altitude. "É verdade. Mas vamos ver se vou na próxima. Mesmo com a derrota, lamento não ter ido", desconversa Robert, que pode ser considerado um predestinado hoje em dia.