Porto Alegre - O Grêmio ainda não obteve da ISL a garantia de que os repasses de R$ 2,1 milhões previstos em contrato serão feitos durante os três meses solicitados pela multinacional suíça para encontrar um novo parceiro.
O presidente José Alberto Guerreiro já manteve dois contatos telefônicos com Wesley Cardia, presidente da ISL do Brasil. Terça-feira, o vice-presidente de gestão administrativa e patrimonial, Sérgio Pegoraro, encontrou-se com Cardia no Rio, tentando obter garantias de que a verba será liberada.
Mesmo que a ISL tenha encaminhado pedido de concordata preventiva, o Grêmio projeta receber mais R$ 6,3 milhões, valor correspondente aos próximos três meses. De posse da verba, Guerreiro poderá cumprir a promessa feita terça-feira aos jogadores no sentido de regularizar o pagamento dos salários. Alguns jogadores não recebem desde janeiro.
O presidente do Grêmio descartou a solicitação de empréstimo bancário para saldar os compromissos mais urgentes.
"Os jogadores sabem que não é só o Grêmio que atrasa salários", afirmou o dirigente.
Guerreiro confirmou que o clube já havia decidido enxugar seus custos antes mesmo de ser informado sobre as dificuldades financeiras da multinacional ISL.
Rompida a parceria firmada dia 15 de setembro do ano passado, o Grêmio voltará a receber os recursos que, por força de contrato, têm ficado de posse da parceira. É o caso das rendas de seus jogos e dos direitos de transmissão das partidas. Atualmente, apenas o valor arrecadado no quadro social fica retido nos cofres do Olímpico.
Wesley Cardia participou de reunião com a diretoria internacional da ISL, realizada em Nova Iorque. Ainda não está confirmado o encontro agendado com o presidente Guerreiro.