Belo Horizonte - Dispensado na quarta-feira passada pelo Cruzeiro, o atacante Müller, de 35 anos, afirmou na quinta-feira que passará os próximos três meses refletindo e se dedicando à Igreja Pentecostal Vida com Deus, Ministério Evangélico que fundou no ano passado e no qual atua como pastor.
"Vou dar um tempo na minha carreira de jogador e me dedicar exclusivamente à minha religião. O momento é de reflexão".
Ao rescindir o contrato do atacante, o Cruzeiro alegou contenção de despesas e baixa produtividade do jogador, que atuou apenas em seis das 21 partidas disputadas pela equipe este ano.
"Fiquei surpreso com a decisão da diretoria do Cruzeiro, mas são coisas do futebol. Sou um jogador experiente e encaro isso com naturalidade", disse Müller, que tinha planos de encerrar a carreira em junho de 2002, quando o seu contrato com o Cruzeiro iria terminar. "Agora, com essa dispensa, não descarto a hipótese de antecipar a minha despedida do futebol. Mas como já falei, o momento é de reflexão. Sei que propostas de outros clubes irão aparecer, mas pretendo estudá-las somente a partir de junho".
No Cruzeiro, Müller recebia um salário de R$ 120 mil mensais e teria ainda mais 15 meses de contrato a cumprir. No próximo sábado, a advogada do atacante, Gislaine Oliveira, se reunirá com a diretoria cruzeirense para tratar da rescisão contratual. "Queremos um acordo amigável", antecipa a cúpula do clube mineiro.
Especula-se que Müller irá receber cerca de R$ 1 milhão pela quebra de contrato por parte do Cruzeiro.