Porto Alegre - A torcida do Inter novamente demonstrou mais ânimo que o seu time do coração. Logo que a equipe do Inter deixou o gramado, sob uma chuva de vaias, após empatar em 1 a 1 com o Pelotas, na estréia do returno, cerca de 200 torcedores se dirigiram ao Portão 8. E a cena vista na última quarta-feira, após o empate sem gols com o São José, voltou a se repetir: palavras de ordem contra a direção colorada. A pressão parece ter rendido seus primeiros frutos. Os ecos da reunião realizada pelos dirigentes do Inter, neste domingo, após o jogo, apontam que o nome de Cláudio Duarte vai ser anunciado, nesta segunda-feira, como o novo técnico do Inter.
O jogo deste domingo para o colorado era de vida ou morte. Um bom resultado no Beira-Rio deveria ser o marco da reação colorada rumo à conquista da segunda vaga para disputar a final do Gauchão com o maior rival, o Grêmio - campeão do primeiro turno. Mas o que se viu em campo, por parte da equipe do Inter, está longe de ser uma retomada de ânimo, esperada após a demissão do técnico Zé Mário, na última quinta-feira.
A tarde chuvosa de domingo se tornou mais melancólica ao passo que a equipe montada pelo técnico interino, Leandro Machado, sucumbiu à marcação imposta pelo Pelotas e acabou por ceder o empate logo aos cinco minutos da segunda etapa. A reação foi imediata. Membros da Torcida Organizada Camisa 12 viraram de costas para o campo, uma atitude de repúdio à apatia do time. A charanga dava o tom dos gritos de protesto, que tinham como alvos principais o meio-campo Carlinhos, e o volante Leandro Guerreiro.
Tão logo o árbitro da partida apontou o centro do gramado, o palco principal passou a ser o Portão 8, cenário histórico de protestos e lamentos da torcida colorada. As reclamações dos torcedores foram contra o presidente do clube, Fernando Miranda, e o coordenador técnico, João Paulo Medina, que não apareceu para dar entrevista. O centroavante Luiz Cláudio, novamente, foi o único a receber elogios.