Rio - O argentino Juan Ignacio Chela foi suspenso por três
meses pela Associação dos Tenistas Profissionais (ATP). A entidade anunciou
nesta segunda-feira a punição ao tenista, cujo exame antidoping detectou a
presença de metil-testosterona, esteróide proibido pela associação.
O exame foi feito no dia 7 de agosto do ano passado, durante o Masters
Series de Cincinnati, no qual o argentino foi derrotado na primeira rodada
pelo sueco Magnus Norman. Assim, Chela terá de devolver à ATP os US$ 8.550
recebidos como premiação no torneio, além de perder todos os pontos obtidos
na Corrida dos Campeões e no ranking de entradas deste então.
Chela, que tem 21 anos, ocupava a 38ª posição na Corrida e era o 67º do
ranking de entradas. Quando voltar a jogar, em julho deste ano, ele estará
fora do top-500 no sistema de entradas, o que significa que ele não terá
pontos suficientes para participar de torneios do Grand Slam, da Masters
Series, da International Series ou challengers. O tenista precisará disputar
torneios Future ou de circuitos satélites, que têm premiação máxima de US$
30 mil, para conseguir voltar às principais competições do Circuito Mundial.
“Isso é uma tragédia para mim. Todo o meu trabalho foi anulado por causa
da perda de pontos. Agora terei de ficar fora do Circuito por três meses
antes de voltar a disputar torneios de nível inferior, algo que eu
acreditava já ter ultrapassado.
O consolo de Chela foi que a ATP concluiu que ele não sabia que estava
ingerindo uma substância proibida. Se fosse considerado culpado, o tenista
seria suspenso por dois anos e teria de devolver premiações e pontos
acumulados entre agosto de 1998 e agosto de 2000.
“Como eu disse ao tribunal, meu preparador físico me deu a substância
proibida em pílulas. Ele afirmara para mim que eram vitaminas e aminoácidos”, explicou Chela.