Florianópolis - O Ministério Público instaurou na segunda-feira uma ação civil pública para apurar os constantes casos de violência no Estádio Ernestão. Membros das cinco torcidas organizadas do Joinville vão ser ouvidos na próxima quinta-feira, como primeiro ato prático do inquérito, que pode resultar até na dissolução pela Justiça dos grupos tricolores, decisão inédita em Santa Catarina.
No mínimo, os grupos serão advertidos pelo MP, que coletará também as versões do clube e da Polícia Militar, além de se basear em apurações feitas pela Polícia Civil. “Vamos investigar o mais rápido possível”, avisou Aurino Alves de Souza, um dos membros do Centro de Promotoria da Coletividade do MP, explicando que o prazo legal é de 60 dias para concluir a coleta de informações. Em 2001, houve incidentes no Ernestão nas partidas do JEC contra Cruzeiro, Corinthians e Avaí.
Aurino adiantou que a Polícia Civil deverá encontrar, por exemplo, as quatro pessoas feridas na quarta-feira passada, após o jogo JEC e Avaí, quando torcidas organizadas dos dois times se envolveram em briga generalizada dentro do gramado. Futuros relatórios da direção do Joinville e do comando da PM serão anexados ao inquérito, confirmou o promotor.
Ontem, nem o superintendente do JEC, Antônio Poletini, nem o diretor jurídico, Otávio Schroeder, retornaram as ligações do DC para comentar a situação.