Porto Alegre - A juíza Mírian Zancan, da 26ª Vara do Trabalho, esperou até as 18h de segunda-feira pela cópia do pré-contrato com o Paris Saint-Germain (PSG).
Sérgio Neves, advogado do craque, não o entregou. A juíza, entretanto, esclareceu que Neves tem esse direito.
"Uma parte envolvida no processo pode recusar-se a juntar ao processo documentos capazes de virar prova contra si mesmo", explicou Zancan. "Agora, se isso for se repetindo, poderá configurar má-fé no decorrer do processo, o que não é o caso nesse momento".
"Não apresentar este pré-contrato abre margem para especulações sobre a própria existência do documento", alega o vice jurídico do Grêmio, Homero Bellini Júnior. "E nunca fechamos porta para acordo. Apenas não o aceitamos por valores irrisórios".
A representante de Sérgio Neves, sua filha e advogada Lisiane, esteve na 26ª Vara, mas garante que não apresentou o pré-contrato.
Zancan fez também duas revelações. A primeira é que o PSG já tem cópia traduzida para o francês da liminar que impede Ronaldinho de atuar sem ressarcimento ao Grêmio. A segunda revelação é que o Saint Mirren, o clube escocês que tentou a liberação do craque junto à CBF há alguns dias, é uma espécie de filial do PSG na Escócia – algo parecido a um laboratório de jogadores. A partir da negativa da CBF, que não pode descumprir a liminar mesmo que queira, o clube francês traçou a linha de estratégia de buscar a licença provisória.