Porto Alegre - Somente a juíza Antônia Mara Vieira Loguércio, que coordenará a audiência de conciliação entre Grêmio e Ronaldinho, dia 20, na Justiça do Trabalho, parece acreditar em um acordo.
A viagem do jogador para a França, seguida do anúncio feito pelo Paris Saint-Germain, que pretende escalá-lo em amistoso previsto para maio contra o Benfica, acirrou os ânimos dos dois lados. O advogado de Ronaldinho chega a dizer que o Grêmio corre o risco de ser desfiliado pela Fifa.
O Grêmio segue desconfiando da existência do pré-contrato entre Ronaldinho e o PSG e exige que o documento seja apresentado à Justiça do Trabalho. Suspeita até que o jogador tenha viajado às pressas para a capital francesa justamente para formalizar o compromisso. Segundo o clube gaúcho, o único vínculo seria um contrato de imagem entre Ronaldinho e uma empresa subsidiária do Canal Plus, patrocinadora do PSG.
Sérgio Neves, advogado do craque, garante que o pré-contrato existe, embora se recuse terminantemente a exibi-lo. Não descarta nem mesmo a hipótese de ingressar com mandado de segurança junto ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) caso seja forçado a mostrar o documento.
"Já apresentei todas as minhas razões na semana passada. O Grêmio não tem mais direito a qualquer informação envolvendo Ronaldinho. O contrato foi encerrado dia 16 de fevereiro", justifica Neves.
Convicto de que Ronaldinho obterá liberação da Fifa para voltar aos gramados, Neves prevê a desfiliação do clube pela Fifa caso não retire a ação encaminhada em fevereiro à Justiça do Trabalho. Uma hipótese considerada absurda pelo Grêmio.