Florianópolis - O brasileiro Gustavo Kuerten bem que tentou esquecer a derrota que considerou uma das piores da sua carreira. No dia seguinte à desclassificação do Brasill nas quartas-de-final da Copa Davis para a Austrália, Guga não quis ler os jornais nem assistir televisão. Procurou ficar na sua, como disse segunda-feira à noite, antes de cumprir compromisso social com a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Florianópolis, no Café Cancun. “Mas não tem como esquecer, agora mesmo acabei de passar na frente da quadra e me lembrei de tudo”, contou, sorrindo.
A arena montada na Avenida Beira-Mar Norte especialmente para a Copa Davis começou a ser desfeita segunda-feira. Naquele espaço, serão construídas mais três quadras, uma delas com piso rápido, a pedido de Guga. O número 2 do mundo quer uma quadra sintética no complexo para que possa treinar em sua cidade antes de disputar torneios nesse tipo de superfície. “Na quinta-feira eu viajo para Montecarlo e vou ficar um tempo sem ver o lugar em que perdemos para a Austrália”, disse. “É natural que a gente se abale como uma derrota dessas, mas não posso deixar que isso comprometa meu desempenho nos próximos torneios”.
A partir da próxima segunda-feira, Guga volta ao Circuito Mundial e justamente no piso onde é considerado o melhor jogador do mundo, o saibro. Ele vai disputar os torneios de Montecarlo, Barcelona, Roma e Hamburgo. Com exceção de Barcelona, venceu todas essas competições. Depois, Guga tenta o tricampeonato em Roland Garros.
A empresa que agencia Guga, a Octagon Koch Tavares, está em busca de uma data, possivelmente em junho, para uma exibição com o brasileiro, que este ano não teria mais oportunidade de jogar no Brasil, depois da eliminação na Copa Davis. A idéia inicial seria fazer um torneio no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, mas existe também a opção de realizar estas partidas na Costa do Sauípe, litoral da Bahia, em junho.