Rio - O resultado do julgamento dos jogadores Donizeti e Felipe e do treinador Luís Antônio Zaluar, realizado na quarta-feira passada, deixou a diretoria do Americano revoltada com o árbitro Léo Feldman. De acordo com os dirigentes alvinegros, Feldman
exagerou nos argumentos que pôs na súmula, o que foi essencial para a decisão do Tribunal.
Entretanto, tudo se estabilizou com o efeito suspensivo que o clube conseguiu, dando condições de jogo aos três julgados. Sempre alvo de críticas dos clubes cariocas, de que seria favorecido pelas arbitragens, o Americano quase ficou sem três peças fundamentais, logo num momento decisivo da Taça Rio.
”E ainda dizem que somos beneficiados pela Federação. As pessoas têm de parar com essa coisa de dizer que o Americano tem armação com a Federação de Futebol do Rio, só porque tem o Dr. Eduardo Viana como conselheiro do clube. Uma coisa não tem nada a ver com outra”, disse Júnior Brasília, supervisor de futebol do clube.
O presidente César Gama, também se mostrou bastante indignado, principalmente com os dirigentes do América, seu próximo adversário na Taça Rio. “Todas as partidas que eles perdem colocam a culpa em cima do Americano, dizendo que há armação para nos favorecer. Isto é inadmissível”, afirmou.
Os jogadores Felipe, que pegou três jogos de suspensão, Donizeti, com quatro e o treinador Zaluar, com 30 dias, também ficaram indignados ao saber do resultado. Mas, ao serem avisados que teriam condições de jogo, devido ao efeito suspensivo que o clube conseguiu, ficaram mais tranqüilos. “Seria uma injustiça conosco. Não fizemos nada de tão grave para
recebermos um período tão grande de suspensão. Mas, agora que a situação está resolvida, o pensamento tem que ser focado somente no América, para não tropeçarmos e nos afastarmos da briga pelo título da Taça Rio”, disse Zaluar, minimizando o ocorrido.