Rio - Depois de exigir máxima participação, motivação total e alto-astral, Dé comandou na sexta-feira o seu primeiro treino como novo técnico do Botafogo. Com muita disposição, o novo comandante, três vezes campeão estadual de juniores nos últimos quatro anos, pediu o apoio da torcida e, com os pés no chão, não quis fazer promessas. "Não posso mentir para o torcedor. Cheguei em meio a uma crise e, primeiro, terei de arrumar a casa. Tal qual Lazaroni, a diretoria me prometeu o mesmo camisa 10, ou seja, salários em dia", anunciou Dé.
Apesar de desfrutar do prestígio do torcedor botafoguense, Dé sabe que, sem os resultados, seu destino no clube será igual ao de Lazaroni. "O torcedor tem de nos dar um crédito de confiança. Sabemos que o título é quase impossível, mas eu acredito em milagres", afirmou Dé.
Apesar do otimismo no seu primeiro dia, Dé não sabe ainda qual time mandará a campo no jogo de amanhã, contra o Madureira, no estádio do Bangu, em Moça Bonita. "O primeiro treino foi meio improvisado. Portanto, esperarei mais um pouco para escalar a equipe. Preciso conversar um pouco mais com os jogadores e membros da comissão técnica", explicou.
Quanto a situação do goleiro Wagner, Dé foi objetivo. "Vou ter uma conversa com ele. Caso não tenha condições de jogar, não ficará nem no banco".