Rio - Uma vitória rubro-negra na Superliga Feminina de Vôlei, às 20h30 de terça-feira no Maracanãzinho, significa mais um troféu na galeria da Gávea. Mas, além disso, pode ser um dia histórico, já que o último jogo do campeonato deve significar também duas importantes páginas do esporte viradas: o último jogo da carreira da levantadora vascaína Fernanda Venturini e da atacante rubro-negra Leila no vôlei de quadra, antes de partir para o vôlei de praia.
Legenda do vôlei mundial, considerada a melhor levantadora do mundo, Fernanda Venturini já tem outras prioridades. A primeira é um projeto em comum com o marido Bernardinho: ser mãe. Um projeto que talvez nem aguarde o momento seguinte ao fim da Superliga. Fernanda tem tido suspeitas de já estar grávida e se submeterá aos exames assim que o campeonato acabar. Não confirmando, segue firme no projeto, inadiável.
"Estou feliz da vida. Está chegando ao fim um ano difícil. Quero ser mãe e não irei mudar esses planos. Depois de tantos anos dedicados ao vôlei estou doida por um fim de semana normal, ter direito a feriado, férias, réveillon, natal", diz Fernanda.
Após a gravidez, tem alguns esboços sobre seus planos. "Acho que vou para o vôlei de praia depois da gravidez. Acho que meu caminho é esse mesmo", afirma Fernanda, que tenta convencer a atacante rubro-negra Virna a formarem uma dupla.
Já no lado rubro-negro, a ida para a praia de Leila ainda é cercada de silêncio. A jogadora não toca no assunto ainda e nem confirma sua mudança. Mas toda a estrutura que viabiliza a troca de ambiente já está montada e deve ser comunicada em uma entrevista coletiva nos próximos dias. Em um primeiro momento, Leila ficaria apenas treinando, adaptando-se ao jogo na praia. Após este período, deverá formar dupla com a campeã olímpica Sandra Pires.