São Paulo - O zagueiro Rebosio disse nesta quinta-feira
que os peruanos farão o jogo de suas vidas contra o Brasil, na próxima
quarta-feira, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de
2002.
“Não só porque muitas coisas estarão em jogo para nós, mas também
por atravessarmos um bom momento. Estamos muito animados, e certamente será
uma grande partida. Se trabalharmos como fizemos contra o Chile, com
empenho, conseguiremos um resultado favorável”, disse o jogador.
Rebosio disse ter consciência do papel que cumpre no time do Peru,
que é proteger o seu gol e dar tranquilidade aos companheiros para que,
quando tenham oportunidade de atacar, o façam com muita confiança. Para o
zagueiro, o Brasil deixou de ser aquele adversário terrível, para o qual se
perdia mesmo antes do início do jogo.
“Eles têm duas pernas e dois braços, como nós. Não tememos
enfrentar o Brasil. Vamos mostrar que nossa vitória sobre o Chile (3 a 1),
não foi questão de sorte”, argumentou.
O principal, para Rebosio, é não perder a humildade. Os jogadores
peruanos elogiam muito o trabalho do técnico Julio César Uribe que, apesar
de ser um profissional firme, sempre mostra seu lado humano. Rebosio garante
que vem aprendendo muito com o treinador. O fato de o Brasil ter sido
derrota do pelo Equador em seu jogo mais recente, não deixa de preocupar o
zagueiro, que acredita na vontade de reação do adversário. No entanto, ele
fez uma alerta:
“O Brasil vai jogar em casa, mas eu prometo que todos os peruanos
vão dar tudo em campo. Serão 11 trabalhadores e mais sete, esperando
ansiosos seu momento. Todos lutaremos pelos três pontos”, finalizou.
Já o meia Muchotrigo, que joga no apoio ao ataque, expressa com mais
tranquilidade seus sentimentos sobre o confronto. Ele reconheceu a
importância de enfrentar o Brasil, e vem tratando de treinar com afinco,
sobretudo as finalizações.
“Temos grandes expectativas, e estamos trabalhando muito. A vitória
sobre o Chile nos deu tranquilidade. Tínhamos que vencer, e o fizemos de
forma contundente, mostrando força coletiva. A cada convocação o grupo se
consolida mais - disse.
Muchotrigo considera que uma das razões dessa união está na
participação dos jogadores que atuam no exterior, que sempre mostram o que
têm de melhor quando vestem a camisa da seleção. Sobre os problemas do
adversário, o jogador fala pouco:
“Eles têm problemas, mas me preocupo com o Peru. Daremos o melhor
para melhorar a imagem do futebol peruano”.