Rio - O presidente da CBF, Ricardo Teixeira, enviou na tarde desta sexta-feira à CPI da Câmara, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, os documentos que ele ficou devendo aos deputados no seu depoimento, na semana passada. Os parlamentares
chegaram a ameaçar interpelar Teixeira judicialmente caso os documentos não fossem apresentados até esta sexta-feira. Teixeira teria que ter entregue toda essa documentação 48 horas depois do seu depoimento.
Esses documentos são relativos a contratos, notas fiscais, cheques de doações, empréstimos bancários e outros papéis referentes a operações financeiras feitas pela entidade. Eles vão ajudar aos parlamentares a elaborar o relatório final da Comissão, que deverá estar pronto no dia 22 de maio.
Também é objetivo dos deputados saber mais informações sobre os vários empréstimos bancários feitos pela CBF junto ao Delta Bank. Alguns integrantes da Comissão acreditam que estas operações possam estar servindo para lavar dinheiro.
Segundo o deputado Silvio Torres (PSDB-SP), relator da CPI, o principal indício de que existam irregularidades nestas operações são os juros de até 47% ao ano pagos pela entidade. Este valor é considerado pelos deputados como muito acima do exigido pelo mercado. “Até agora não obtivemos explicação para esses juros, jamais praticados na História”, afirmou Torres.