Rio - Com diminutas chances de conquistar a Taça Rio para fazer a final do Campeonato Estadual contra o Flamengo, o Botafogo espera contar com os gols do artilheiro Taílson no clássico de domingo com o Fluminense. Para não decepcionar, o artilheiro deu uma passada no quiosque de seu amigo Baiano, na Praia de Camboinhas, em Niterói, para saborear um caranguejo que, segundo ele, dá muita energia.
“Gosto de vir aqui para relaxar e matar a saudade da terrinha. Além disso, o caldo de caranguejo levanta até defunto. E é dessa força que o Botafogo vai precisar para derrotar o Fluminense e buscar o título da Taça Rio”, ensina o artilheiro.
De família humilde, Taílson jamais pensou em ser jogador de futebol. Para seu pai, ele teria continuado na roça em Nossa senhora da Glória, cidade onde nasceu. “Papai era muito rigoroso. Mas sempre que podia dava uma escapulida e ia jogar pelada com os amigos”, conta o atacante.
No Botafogo desde o começo do ano, o artilheiro ainda não recebeu sequer a primeira parcela dos 15% do valor de seu passe a que tem direito e está há quatro meses sem salário, como todo o time. “Ainda bem que tenho algumas economias. Tem garotos que vão treinar de carona porque não têm dinheiro para a passagem. Mas temos que esquecer tudo isso e conseguir as vitórias para o Botafogo”, discursa Taílson, que ainda acredita em roubar de Edílson a artilharia do Campeonato Estadual.
Casado com Ana Paula e pai de Maria Luíza (3 anos) e Maria Eduarda (6 meses), o atacante quer ser firmar no Botafogo. “Eu me identifico com o clube e quero permanecer aqui. Ainda vou dar muitas alegrias ao torcedor”, acredita Taílson.