Rio - Quando a placa do árbitro auxiliar assinalou que entraria o número 18 do Fluminense no lugar de Yan, aos 33 minutos do segundo tempo, poucos sabiam de quem se tratava. Mas o atacante Alex, um júnior de 18 anos, entraria para sofrer a falta que originou o gol de Ramon.
Desde que Asprilla e Marco Brito se machucaram, o jogador passou a ser a única opção de Espinosa para o ataque no banco de reservas. Ele já havia entrado no fim do jogo contra o Bangu, mas tocou na bola apenas uma vez, num escanteio mal batido. “Realmente, naquele dia nem apareci. Mas hoje (ontem) deu para mostrar serviço”, disse o atacante.
Ele garantiu que o fato de ter de entrar num clássico, com o time perdendo de 1 a 0, não o perturbou. “Era um momento decisivo, mas não pensei nisso. Entrei pensando em virar o jogo. Nem esquentei com a torcida”, comentou.
Ele recordou uma jogada, a última de perigo do Tricolor, em que poderia ter marcado o gol da vitória. Agnaldo roubou uma bola no meio-campo, puxou o contra-ataque, mas errou o passe para Magno Alves. “Estava do outro lado, livre. Gritei muito, mas ele não deve ter escutado por causa do barulho da torcida.”
Caso Marco Brito se recupere, Alex voltará para os juniores. “Volto com o maior prazer. Mas espero uma nova chance”, concluiu.