Rio - Edílson é o artilheiro do Campeonato Estadual, com 13 gols, é figura carimbada na lista de convocados para a Seleção Brasileira, mas, por incrível que pareça, não está satisfeito. O Capeta faz diariamente uma auto-cobrança para justificar sua contratação e, ao declarar-se torcedor do Flamengo desde a infância em Salvador, tem a ambição de conquistar o Campeonato Estadual para marcar época no clube de coração. “Me cobro todos os dias para fazer jus a minha contratação. Nada acontece à toa. Estou no clube que torço e espero conquistar títulos para marcar época”, declarou. “Eu até tive problemas de adaptação, mas sabia que ia brilhar”.
Apesar de estar atrás de Vasco e Americano, Edílson garante que o Flamengo goza de prestígio, pois pode ser campeão sem a disputa da decisão ou até mesmo escolher o adversário. Afinal, o Rubro-Negro pode ser o fiel da balança, já que enfrenta o Vasco na última rodada e pode colocar o time de Campos na final. “Nós temos que ganhar todos os jogos. Estamos no páreo. Mas dependendo dos resultados, podemos até escolher o adversário. O Vasco é rivalidade. Mas em final de campeonato não tem time fraco”, garantiu.
Com passagens marcantes por Palmeiras, Corinthians, e a experiência de quem jogou no Benfica, de Portugal, e Kashima Reysol, do Japão, o Capeta justifica as vitórias suadas na Taça Rio sob a alegação de que todos estão contra o Flamengo. “No Rio existe a cultura de prejudicar o Flamengo, fazer o antijogo. Isso acontece porque é o único time que pode ser campeão. Isso preocupa os adversários e todos jogam contra o Flamengo”, afirmou.
E mesmo com a implacável perseguição da ‘unida’ concorrência, Edílson consegue ampliar a cada jogo sua vantagem na artilharia e, assim, ajudar o Flamengo no caminho do tricampeonato. “É claro que um gol por jogo dá uma ótima média e, claro, fico muito feliz por isso. Mas penso somente em ajudar o Flamengo”, disse o atacante rubro-negro.