Rio - Apesar de ter vencido o Madureira por 3 a 0, neste sábado, em Moça Bonita, o Flamengo não teve uma boa exibição. A equipe se apresentou muito mal durante quase toda o confronto e os dois últimos gols só saíram nos minutos finais. De positivo, o resultado que manteve o Rubro-negro na luta pela conquista da Taça Rio e o 13º gol de Edílson, que disparou na liderança da artilharia da competição. Agora, o Flamengo é o vice-líder com 16 pontos, ao lado do Americano, e espera pela definição da rodada que se completa neste domingo.
A esperança de conquistar a Taça Rio, além da convocação de dois jogadores para a Seleção Brasileira, não foram ingredientes suficientes para o Flamengo entrar em campo com disposição. O Madureira tomou a iniciativa e assustou o goleiro Júlio César em duas oportunidades nos primeiros oito minutos. Na primeira, o atacante Rogers cruzou da esquerda e Luís Renato furou na hora de cabecear. Na outra, Dias cobrou falta, a bola quicou na frente de Júlio César, que quase se complicou no lance.
O Flamengo demorou para entrar no ritmo. E a partida foi se arrastando durante boa parte do primeiro tempo. Somente aos 29, o Rubro-Negro chegou com pinta de favorito do duelo. O zagueiro Juan recebeu na área e chutou de pé trocado em cima de Ênio, que fez uma defesa difícil. Três minutos depois foi a vez de Edílson perder uma excelente oportunidade:
Beto lançou Alessandro, que deu um passe de cabeça para o atacante tocar sutilmente rente à trave.
Mesmo com o freio de mão puxado, o Flamengo conseguiu o que parecia distante. Aos 43 minutos, Petkovic cobrou escanteio e Roma, à vontade, cabeceou para a rede. Um gol que aliviou, mas não apagou o fraco desempenho da equipe até aquele momento. O técnico Renato Gaúcho não acreditou no golpe que o Madureira sofreu, uma vez que o atacante rubro-negro de 1,69m ganhou a disputa contra os altos zagueiros do seu time.
A exemplo do que aconteceu no início da partida, o Madureira voltou do intervalo mais disposto. Renato Gaúcho trocou o inoperante Carlos Alberto Dias por Daniel, que deu mais consistência ofensiva ao time. Logo aos dois minutos, Luís Renato cruzou da direita e Germano cabeceou com perigo à direita de Júlio César. Após o bom momento, o Tricolor Suburbano chegou novamente. Daniel cobrou falta e o goleiro rubro-negro fez grande defesa, aos seis.
Com um ritmo cada vez mais lento, o Flamengo mostrava apatia e pouco incomodava o goleiro adversário. Com tamanha lentidão, a alternativa encontrada foi no lance de bola parada. Aos 17, Beto soltou uma bomba, numa cobrança de falta, assustando Ênio. Mesmo assim, a equipe continuou sem empolgar e o nome de Reinaldo começou a ganhar força, com o pedido vindo da arquibancada. O Madureira, por sua vez, tinha maior poder de fogo e, aos 20, por pouco Daniel não empatou. O jogador chutou forte dentro da área, mas
Júlio César salvou novamente fazendo outra grande defesa.
O tempo ia passando e o futebol do Flamengo diminuindo. Pouco inspirado, o time mantinha limitada a sua exibição. Já o Madureira não se intimidou e teve excelentes oportunidades para empatar. Na melhor delas, o atacante Scott, que, mal entrou em campo, perdeu sozinho a chance de marcar, ao cabecear na trave, aos 37. Melhor para o Rubro-Negro que, se não teve uma boa atuação, ainda conseguiu marcar com Edílson, aos 45. Com mais um gol na competição, o atacante disparou na liderança da artilharia com 13 gols. Mas ainda tinha mais e Beto selou a vitória rubro-negra nos acréscimos.