Rio - Os organizadores do Torneio de Wimbledon anunciaram
que não usarão mais um comitê para indicar os cabeças-de-chave da
competição. Porém, ainda não está decidido como serão apontados os
pré-classificados da edição deste ano -- o Torneio de Wimbledon é o único
Grand Slam que não utiliza o ranking de entradas da ATP para escolher os
cabeças-de-chave, o que tem provocado críticas de jogadores especialistas em
saibro que não têm bons resultados na grama e estão nas principais posições
do ranking.
No ano passado, os espanhóis Alex Corretja, atual 11º colocado do ranking de
entradas, e Albert Costa, que hoje está na 40º posição e na época estava
entre os 16 mais bem colocados, desistiram do Torneio de Wimbledon por não
concordarem com o modo como foram escolhidos os cabeças-de-chave. Este ano, o
brasileiro Gustavo Kuerten já anunciou que apoiará as reivindicações de seus
companheiros de Circuito Mundial, afirmando também que poderá não jogar em
Wimbledon.
“Se nós chegarmos à conclusão de que não vamos jogar, de que não estamos
satisfeitos com isso, serei um dos jogadores a votar a favor disso. Não acho
que Wimbledon respeite os jogadores. O que eles fazem não é justo. É o único
torneio que não leva em consideração o ranking de entradas.”0
Tim Phillips, presidente do All England Club, sede do único torneio de Grand
Slam disputado na grama, disse que está tentando chegar a um acordo para
determinar como serão escolhidos os cabeças-de-chave em Wimbledon.
“Ainda estamos conversando com os jogadores e com a ATP e qualquer fórmula
a que chegarmos será uma tentativa. Achamos que podemos encontrar uma
solução que responda nossos problemas," disse o dirigente.