Rio - A CPI que investiga supostas irregularidades no contrato entre a CBF e a Nike promove nesta terça-feira um painel com o tema "A Reestruturação do Futebol". Participam do debate o juiz do Trabalho e integrante do Superior Tribunal de Justiça Desportiva Álvaro Luiz Carvalho Moreira; o advogado Valed Perry, especialista em legislação desportiva; e os representantes da Fundação Getúlio Vargas Luís Guilherme de Oliveira e
César Cunha Campos.
Após seis meses de investigação, a CPI já tem algumas justificativas para o afastamento do torcedor brasileiro dos estádios: a ausência de investidores, a falta de credibilidade nas competições, decorrentes de fatores políticos, o atropelado calendário dos campeonatos e a má gestão das federações estaduais. Tudo isso, segundo os deputados, geraram a crise no futebol tetracampeão mundial.
Os deputados também querem ouvir dos especialistas em legislação desportiva o que está sendo feito para resolver problemas que foram levantados pela CPI, como o comércio de menores para o exterior e a falsificação de passaportes.
No Brasil, 30 milhões de pessoas praticam futebol, em cinco milhões de locais, que vão desde campos de várzea aos principais estádios do País. De acordo com o deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP), os encontros que estão sendo promovidos pela Comissão vão servir para que seja apresentado, no final dos trabalhos, uma nova legislação para o esporte. Juarez afirmou que a missão da CPI é resgatar a maior paixão dos brasileiros.