Campinas - A dois dias do jogo que irá definir o futuro do
Guarani no Campeonato Paulista, diretores, jogadores e comissão técnica
ainda não conseguiram descobrir qual é o problema que levou o time a estar
próximo do vexame de um inédito rebaixamento. O Bugre precisa vencer a
Portuguesa Santista neste sábado, e ainda torcer por uma combinação de
resultados caso queira permanecer na elite do futebol paulista.
“Não consigo entender. Contratamos muitos jogadores que foram revelações em
seus times no ano passado. Temos uma boa equipe e jamais poderíamos estar
nessa situação. Como torcedor doente, estou sofrendo muito”, disse o
presidente do clube, José Luiz Lourencetti.
Outro que tem dificuldades em explicar o desempenho do time campineiro é o
meia Fumagalli, artilheiro da equipe no Paulistão, ao lado de Martinez, com
apenas três gols.
“É difícil explicar. Para mim, não tem time melhor que o nosso neste
campeonato. Todo jogo, criamos muitas chances de gol, mas a bola não entra
de jeito nenhum”, afirma o meia bugrino.
Segundo o técnico Carlos Alberto Silva, o Guarani é o time que tem a menor
média de idade do campeonato e, por ter um elenco jovem, está pagando a
ousadia.
“Fizemos uma aposta arriscada e estamos pagando o preço. Sabíamos que isto
poderia acontecer. Começamos o campeonato bem, mas após as derrotas para São
Caetano e Rio Branco (no Brinco de Ouro), o grupo todo se abateu e não
conseguiu reagir”, explicou.
O técnico ressaltou que havia conversado com a diretoria, prevenindo que a
intenção seria fazer um trabalho de longo prazo. Carlos Alberto Silva
garantiu que, dentro de dois anos, esse mesmo time estará brigando por
títulos.