Rio - O técnico Zagallo virou, para os jogadores do Flamengo, mais do que um técnico. Transformou-se num exemplo, numa razão de empenho em campo. O time que enfrenta o Cabofriense neste sábado, às 16, em Moça Bonita, pode ter suas desavenças internas, suas divisões, mas tem uma unanimidade.
"Ninguém pode falar do Zagallo. Quem ganhou tanto quanto ele? Muita gente no futebol ganha título e começa logo a ficar com muita marra. Ele é humilde. Trata todo mundo igual, seja jogador consagrado ou iniciante. O Zagallo é, junto com o Oswaldo de Oliveira, o melhor técnico com quem já trabalhei", diz Edílson. "Meu futebol cresceu por causa do jeito que sou tratado pelo Zagallo. Ele é o maior símbolo do futebol brasileiro".
No jogo com o ABC, Beto deixou o campo para abraçar o técnico. No jogo com o Olaria, Petkovic foi beijado por Zagallo. Antes, o beijo havia sido no Capetinha. "Não é exagero dizer que jogamos por ele. Quando chega um técnico cheio de títulos, consagrado, o grupo fica na expectativa. Todos temem que seja uma pessoa vaidosa. Mas o Zagallo mostrou que é bem diferente. Ele dá liberdade para todo mundo falar", elogia Juan.
Os rumores de que a carreira de Zagallo estaria chegando ao fim chegaram a causar inquietação. "Por mim, ele fica enquanto quiser. Ele foi um professor para mim. Mudou meu jeito de agir em campo, fora dele e até me ensinou a chutar", diz Beto, lembrando que o Lobo foi quem lhe deu a primeira chance na Seleção Brasileira. "Quando ele disser que vai parar, todo mundo tem que respeitar e agradecer", emenda Edílson.