Recife - Apesar do assessor de imprensa do Vitória, Jovino Pereira, admitir que Paulo Carneiro é presidente do Conselho Consultivo da empresa Topsports, responsável pelo Campeonato do Nordeste, o dirigente do Vitória/BA, negou nesta terça as acusações feitas pelo presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Carlos Alberto Oliveira. Carlos Alberto disse que Carneiro seria sócio da empresa Topsports, organizadora do Campeonato Coca Cola do Nordeste, e que teria ganho R$ 2 milhões com a competição. Um dos donos da Topsports, Carlos Moreira, classificou Oliveira como "um sujeito arcaico, truculento e inconseqüente". Ele promete ir à Justiça contra Oliveira.
O assessor do Vitória enviou toda a documentação da Topsports e entre o nome dos sócios não estava relacionado o de Carneiro. De acordo com Jovino, a Topsports apenas trabalha para o clube na área de marketing esportivo. "O problema de Carlos Alberto Oliveira é que ele sabe que os campeonatos estaduais vão perder a força porque não rendem dinheiro para os clubes. Ele está desesperado e fica fazendo acusações infundadas. Isso é inconseqüência", rebateu.
Carlos Henrique Moreira Júnior, um dos onze sócios da empresa citada, comentou que o Campeonato do Nordeste é uma das poucas competições que deram certo no Brasil. "Por isso, o Nordestão está incomodando as federações que são dirigidas por mentes arcaicas, como é o caso do presidente da FPF", atacou, acrescentando que as acusações são uma forma de afugentar profissionais sérios que querem fazer um futebol moderno. Carlos Moreira explicou que a Topsports está disponibilizando a quebra do seu sigilo fiscal e bancário para quem quiser esclarecer qualquer dúvida. "A empresa é muito séria e está ajudando os clubes do Nordeste.
Tranqüilo, Carlos Alberto de Oliveira disse que faz futebol por amor "e não por dinheiro, como Paulo Carneiro". Oliveira disse que acha até bom que o Vitória ou a Topsports entre com uma ação contra ele. "Será uma oportunidade de pedir a prestação de contas do campeonato do Nordeste. Quero saberonde foram investidos R$ 11 milhões. Eu sei que metade desse dinheiro ficou na Bahia. E o restante?", indagou.
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