Rio de Janeiro - O técnico do Cruzeiro, Luiz Felipe Scolari, prestou depoimento no Fórum do Rio de Janeiro, na tarde desta quinta-feira, para falar sobre o processo movido contra ele pelo árbitro Carlos Eugênio Simon (Fifa-RS). O árbitro processou Felipão alegando que o treinador o chamou de "Lalau" durante o empate em 2 a 2 entre Vasco e Cruzeiro, em São Januário, realizado no dia 16 de dezembro de 2000 e válido pela Copa João Havelange.
Ao deixar o fórum, Felipão se disse surpreso com o processo e com o fato de algumas testemunhas terem sido convocadas para prestarem depoimento neste caso.
“Após aquela partida qualifiquei a arbitragem de normal, com um ou outro erro comum. Ele aproveitou um momento de exclamação e desespero meu, após a marcação de uma falta, para me processar. Estranho também ele ter usado uma fita da Rede Globo e com funcionários da emissora, como o José Roberto Wright, como testemunhas”, afirmou Felipão.
O treinador lembrou que não pode ser considerado um profissional indisciplinado, pois já participou de mais de mil jogos, sendo expulso cerca de oito vezes. Felipão disse que sua briga com Simon é pessoal.
“Todo mundo sabe que nós não nos gostamos, e por isso não precisamos ficar criando situações, uma vez que isso é público e notório. Lamento que algumas pessoas, que serão ouvidas no processo, estejam participando desse nosso problema pessoal”, afirmou o técnico.
Felipão criticou o fato de Simon estar exigindo uma indenização financeira, por não entender até que ponto isto possa ser positivo para o árbitro. Ele também não gostou de Simon ter sido escalado para um jogo do Cruzeiro após este processo ter sido instalado.
“Ele foi escalado para um jogo decisivo da Copa Sul-Minas sabendo que tinha me processado. O processo foi instalado em dezembro do ano passado e este jogo aconteceu em fevereiro. Ele sabia do processo, mas eu ainda não tinha sido comunicado do fato. Aí, aos trinta minutos de partida, eu me levanto do banco e ele me expulsa”, reclamou Felipão.