Buenos Aires - Os jogadores de futebol da Argentina, que estão em greve devido ao atraso no pagamento de seus salários, negaram na quinta-feira que estejam perto de chegar a um acordo para acabar com a paralisação.
``Está tudo igual, não há grandes mudanças na questão da dívida'', disse Sergio Marchi, secretário-geral do Sindicato dos Jogadores Argentinos (FAA). ``Não sei quem disse que há um acordo para o pagamento da dívida porque tudo permanece igual''.
Os jogadores decidiram entrar em greve na segunda-feira. Em uma reunião na quarta-feira com os dirigentes da FAA e a ministra do Trabalho Patricia Bullrich, a Associação de Futebol da Argentina (AFA) ofereceu pagar no dia 30 de maio 35 por cento da dívida salarial dos clubes, estimada em 80 milhões de dólares.
Os 65 % restantes seriam pagos no dia 30 de julho, se os clubes não conseguirem fazê-lo antes. Mas Marchi diz estar preocupado de que uma rápida solução possa deixar alguns problemas sem solução.
``Há muita coisa para discutir. Não é prudente falar de uma reprogramação dos jogos e me parece que estão indo muito rápido. E se se vai rápido, corre-se o risco de cometer erros'', disse o dirigente.
Na sexta-feira, os jogadores devem se reunir novamente para analisar a proposta da AFA.