Rio - A CPI da Câmara, que investiga supostas irregularidades no futebol brasileiro, promoveu nesta terça-feira uma audiência pública para discutir a profissão de técnico de futebol no Brasil. Participaram do evento Emerson Leão, treinador da Seleção Brasileira, Antônio Lopes, coordenador-técnico, e Carlos Alberto Parreira, que dirigiu o Brasil na conquista da Copa do Mundo de 1994.
Para Antônio Lopes, o técnico precisa ter garantias para que seja fiscalizado e receba proteção. O coordenador-técnico da Seleção Brasileira defendeu que um treinador só possa assinar um contrato se ele tiver duração mínima de um ano e máxima de dois anos. Além disso, Lopes gostaria que os profissionais dessa área fossem registrados em algum órgão, podendo até ser o Ministério dos Esportes.
Já Carlos Alberto Parreira defendeu a criação de uma escola para a formação de treinadores, sendo esta controlada pela CBF. Ele criticou a estrutura do futebol brasileiro, lembrando que até o momento ninguém sabe quantas equipes vão disputar o próximo Brasileirão, previsto para iniciar no fim de julho.
Ainda magoado com as críticas que recebeu de alguns colegas de profissão por causa dos últimos resultados da Seleção Brasileira, Leão criticou o mercado pelo lado da falta de ética. “O mercado está desacreditado e desagradável. Existe falta de respeito. Entendo que quem analisa os fatos dever ser mais preparado para isso”, afirmou Leão.