Rio - Elmer Guilherme Ferreira, presidente da Federação Mineira de Futebol (FMF) há 14, anos tem mais de 20 parentes entre os 66 funcionários da entidade, incluindo seu pai, José Guilherme Ferreira, que presidiu a FMF por 16 anos. A informação foi divulgada nesta quarta-feira pelo relator da CPI que investiga supostas iregularidades no futebol brasileiro, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), durante depoimento de Elmer no Senado, em Brasília. Apesar de não considerar a situação ética, o presidente da FMF afirmou que não existe nada nos estatutos da entidade que proíba a contratação de parentes. Segundo ele, a sua família é ligada ao futebol e buscou a assessoria de pessoas de sua total confiança.
Além de empregar parentes, o relator demonstrou que Elmer contrata uma empresa de assessoria contábil e uma gráfica que são de propriedade de seus filhos, um dos quais superintendente financeiro da FMF. Os senadores da CPI também identificaram duplicidade de balanços financeiros da entidade nos últimos cinco anos. Nesta quinta-feira, no mesmo local, a CPI ouvirá mais dois depoimentos: o do ex-presidente do Santos Futebol Clube Samir Jorge Abdul Hak e o do ex-vice-presidente do mesmo clube José Paulo Fernandes. A comissão é presidida pelo senador Álvaro Dias (PSDB-PR).