Rio - Didi foi enterrado na tarde deste domingo, no cemitério São João Batista, em Botafogo (zona sul do Rio) com as bandeiras de Fluminense e Botafogo em cima do caixão sob uma salva de palmas.
A cerimônia foi acompanhada sem tumulto por cerca de 150 pessoas, entre familiares, amigos e fãs do genial inventor da folha seca, bicampeão mundial em 58 e 62. Apenas Dona Guiomar, mulher de Didi, não assistiu: passou mal na chegada ao cemitério e foi logo embora.
Entre os campeões mundiais presentes ao enterro de Didi estavam Orlando e Vavá, companheiros do mestre nas Copas de 58 e 62. Zagallo justificou a ausência por estar na concentração para o clássico entre Flamengo e Vasco. Afonsinho, ex-jogador do Botafogo, e o ex-médico da Seleção Lídio Toledo também assistiram à cerimônia.
“Às vezes, encontra-se um grande jogador; outras, um grande homem. O Didi conseguia aliar as duas qualidades”, afirmou Vavá, debilitado por um derrame “Ele sempre foi muito amigo e leal.”
Embora as bandeiras de Fluminense e Botafogo tenham dividido espaço, a cerimônia de despedida adquiriu ares alvinegros, quando o hino do clube foi cantado e alguns torcedores vestiam o uniforme que Didi ajudou a consagrar. As diretorias do Fluminense e da CBF não enviaram representantes ao enterro.