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´Heróis renegados` do Palmeiras loucos para voltar ao time
Terça-feira, 15 Maio de 2001, 00h30

São Paulo - Quase um ano depois da conquista da Copa dos Campeões e na véspera da partida mais importante do Palmeiras até agora na Libertadores, os heróis da conquista de 2000, que consagraram a política do "Bom, Bonito e Barato", estão esquecidos. Muitos nem estão mais no clube. Dos que estão, apenas um, o atacante Basílio, tem chance de voltar ao time titular nos próximos jogos.

No Palmeiras de hoje não existe mais a história de time barato. Jogadores como Arce, Felipe, Alex, Fábio Jr. têm altos salários e muito prestígio. Prestígio que os heróis do título do ano passado, exceção feita ao colombiano Asprilla, ainda buscavam. “Futebol é assim. Chegam os craques e acaba sobrando para nós”, diz o zagueiro Paulo Turra, que foi contratado ao Caxias e ficou entrando e saindo da equipe nesta temporada.

Mas nem todos os jogadores entendem perfeitamente esta situação. É o caso do meia Juninho. Contratado ao União São João, o meia se destacou na Copa dos Campeões e na Copa João Havelange. Virou xodó dos torcedores, mas nem por isso ganhou a confiança do técnico Celso Roth e continua na reserva. “Outros jogadores também estão mal com essa situação. Na hora do filé mignon todo mundo está de fora”, afirma o jogador.

Juninho e Paulo Turra ainda têm o consolo de estarem na equipe. Autor de um dos gols do Verdão na final da Copa dos Campeões, o atacante Alberto teve poucas chances no segundo semestre e passou a treinar separado dos demais jogadores no início de 2001. A salvação foi um empréstimo para o Náutico.

O lateral Neném também sofreu neste ano. Seu contrato com o Palmeiras terminou dia 31 de dezembro de 2000. Depois de várias conversas, o jogador não entrou em acordo com o clube. Ficou parado alguns meses até acertar com o Cruzeiro. Já é titular da equipe de Luiz Felipe Scolari.

Se a política do "Bom, Bonito e Barato" foi esquecida e o Palmeiras está cheio de craques, a torcida quer saber de conquistas. Como elas ainda não vieram, os protestos são constantes. “O torcedor tem razão de protestar quando o time não está bem. No ano passado, eles falaram que nos apoiariam porque tínhamos a vaga na Libertadores garantida. Não tinha pressão. Agora, se não ganharmos a Libertadores, não poderemos voltar à competição em 2002”, analisa o zagueiro Paulo Turra, que tem muito contato com os torcedores.



L!Sportpress


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