Rio – Terça-feira foi dia de despedidas no Fluminense. Os jogadores ganharam folga até a próxima terça-feira, quando começa a preparação para o Campeonato Brasileiro. Mas nem todos voltam. O colombiano Asprilla, por exemplo, deu um adeus definitivo. A Parmalat, dona do passe do atacante, não quer mais pagar parte (70%) do seu salário e, como o Tricolor não tem condições de mantê-lo, a empresa italiana pretende negociá-lo.
Na realidade, o contrato de Asprilla só terminará no dia 30 de junho. O colombiano teria, portanto, de se reapresentar semana que vem. Mas o novo técnico da seleção da Colômbia, Francisco Maturana, quer ter Asprilla e Viveros por mais tempo, pois quer treinar melhor sua equipe para o confronto com a Argentina, no próximo dia 3, em Buenos Aires.
E o Fluminense vai liberá-los até depois da partida válida pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2002. Em seguida, Asprilla vai para a Itália, onde se reunirá com representantes da Parmalat e decidirá seu futuro. Os dois colombianos viajaram ontem mesmo para a Colômbia.
“Foi muito bom jogar pelo Fluminense. Aprendi muito com sua torcida. Ter passado por essa grande equipe do Rio vai marcar minha vida. Vai ficar no meu coração”, afirmou o colombiano, que se despediu dos companheiros de forma rápida e discreta.
Asprilla chegou ao Fluminense no fim de outubro de 2000. No início deste ano, firmou-se na equipe e tornou-se ídolo da torcida. Mas o tempo passou e o colombiano teve uma piora em seu rendimento dentro de campo. As más línguas das Laranjeiras chegaram a dizer que ele teria se apaixonado por uma brasileira e não estava separando a razão da emoção. Mesmo no banco de reservas, Asprilla contundiu-se e teve de operar o joelho. Voltou ao time, mas não com as mesmas boas atuações do início da temporada.