Porto Alegre - Quando o Liverpool conquistou o seu último título europeu, em 1984, Michael Owen tinha quatro anos. Aos 20, Owen, a maior promessa de craque da Inglaterra, representa a esperança dos torcedores da terra dos Beatles de pôr fim ao tabu.
O Liverpool enfrenta o surpreendente Alavés, da Espanha, às 15h40min, na decisão da Copa da Uefa, com tranmissão pelo canal pago PSN.
De Owen, o mundo ouve falar bastante desde a Copa de 1998. O atacante habilidoso e rápido já recebeu elogios de Pelé e encantou no último mundial ao marcar um lindo gol diante da Argentina. Apesar da pouca idade, o garoto é considerado o maior jogador do país. Nos últimos quatro jogos, marcou oito gols e ajudou o Liverpool a ganhar a Copa da Inglaterra no final de semana passado. O desafio agora é terminar com a espera de 17 anos sem títulos fora da Grã-Bretanha, período angustiante para os torcedores de um dos clubes mais vitoriosos da Europa (já conquistou quatro vezes a Liga dos Campeões).
Mas se Owen e o Liverpool são famosos, poucos sabem o que vem a ser o Alavés. Time pequeno do País Basco, região na Espanha que vive reclamando a independência e que cultiva um patriotismismo exaltado há decadas, o Alavés nunca conquistou um título importante em 80 anos de história. Há 11 anos, a equipe amargava a disputa da quarta divisão.
Ao contrário do Athletic de Bilbao, time basco que só admite jogadores espanhóis, o Alavés tem um punhado de estrangeiros. Entre eles, estão o holandês Jordi Cruyff (filho de Johan Cruyff), o brasileiro Magno (ex-Grêmio), o iugoslavo Tomic e o atacante uruguaio Alonso. Mas o segredo do time que eliminou o Inter, de Milão, e o Kaiserlautern está no banco. O técnico Manuel Esnal assumiu há quatro anos e está perto de fazer história ao superar os favoritos ingleses, que tiraram do torneio Roma e Barcelona.
A partida será disputada em campo neutro, em Dortmund, na Alemanha, como acontece tradicionalmente nas decisões européias. O estádio é o mesmo onde o Brasil foi derrotado pela Holanda por 2 a 0, na Copa do Mundo de 1974. Se houver empate, haverá prorrogação. Nova igualdade leva às cobranças de pênaltis.