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Zagallo coloca o Flamengo no ataque
Sexta-feira, 25 Maio de 2001, 23h34
Atualizada: Sexta-feira, 25 Maio de 2001, 23h43

Rio - O Flamengo não cometerá suicídio, mas será bem ousado na decisão de domingo. A necessidade de fazer pelo menos dois gols para conquistar o tricampeonato obrigou Zagallo a ensaiar no coletivo de quinta uma estratégia para encurralar o Vasco e ficar o maior tempo possível perto da área adversária.

O posicionamento dos jogadores foi trabalhado exaustivamente no coletivo, vencido por 3 a 0 pelos titulares, com gols de Juan, Leandro Ávila e Reinaldo. O time fará uma marcação por pressão na saída de bola do Vasco. Terão função de combater até os atacantes Edílson e Reinaldo. Rocha e Beto também ficarão bem avançados, assim como os laterais Alessandro e Cássio. Leandro Ávila ficará mais próximo dos zagueiros, Fernando e Juan, de sobreaviso caso o Vasco escape da armadilha.

Há, no entanto, duas preocupações: a resistência do time para manter a pressão durante os 90 minutos e a velocidade de Euller, que pode acabar tendo liberdade nos contra-ataques do Vasco.

Na parte final do treino, o ritmo diminuiu sensivelmente e, com ele, a rigidez na marcação por pressão. "O desgaste foi um dos temas de nossa conversa antes do treino. Vamos ter que correr muito, mas podemos fazer o Vasco começar a errar perto de sua área. Quanto ao Euller, não temos como fugir deste risco. Mas Zagallo pediu que um mínimo de cuidado seja tomado com ele", disse o volante Rocha.

Leandro Ávila será um dos responsáveis pela cobertura aos zagueiros na marcação ao veloz atacante do Vasco, caso o contra-ataque adversário se torne perigoso. "Risco nós temos que correr. Mas esta pressão que o Flamengo pretende fazer não é sinônimo de loucura. O time está bem fisicamente para marcar no campo do Vasco. Eles vão se desgastar para sair jogando".

Os laterais do Flamengo tiveram que se adaptar à nova forma de jogar. Quando o Vasco tentar a saída de bola pelos lados do campo, Cássio e Alessandro darão o combate ainda no campo adversário. Para Cássio, o sacrifício vale a pena. "Vamos guardar energia para que jogo? Este é o último, é hora de dar tudo pelo tri. Mas não podemos bobear. Leandro Ávila vai ficar atento, um pouco mais atrás", disse o lateral, lembrando que conseguiu, no primeiro jogo da final, parar Euller. "Pelo meu lado ele não conseguiu fazer muitas jogadas. O segredo é evitar que ele vá à linha de fundo".

Zagallo pediu ainda que o time seja o mais compacto possível. Ou seja, que a distância entre o jogador mais adiantado e o último homem da defesa seja reduzida. Assim, espera evitar que a marcação por pressão crie espaços vazios no meio-campo.

L! Sportpress


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