Rio - O inglês Max Mosley, presidente da FIA, argumentou nesta quinta-feira que a dificuldade que as equipes estão tendo com a volta dos mecanismos de controle de tração e largada é prova suficiente de que tais dispositivos não estavam sendo utilizados de forma camuflada antes de serem liberados.
Em entrevista à revista britânica "Autosport Magazine", ele respondeu aos boatos de que a entidade que controla o automobilismo mundial teria sido condescendente com as grandes escuderias antes da reintrodução dos sistemas.
"Ano passado chegamos a investigar as acusações de que certos times estariam fazendo uso da eletrônica, mas não encontramos nada. Se as denúncias fossem verdadeiras, não haveria motivo para tantos problemas depois da adoção do novo regulamento".
As novas regras da categoria entraram em vigor no último GP da Espanha e a partir daí, o número de carros que não conseguem largar não pára de crescer. Só na Áustria, foram quatro: as Jordans de Heiz-Harald Frentzen e Jarno Trulli, a Sauber de Nick Heidfeld e a McLaren de Mika Hakkinen.
"Sim, é possível mascarar os dois mecanismos, mas com exceção de um caso isolado, há alguns anos, podemos garantir que ninguém estava burlando o antigo regulamento".
Das grandes equipes, a McLaren parece ser a que menos se adaptou às mudanças. Desde a prova de Barcelona, pelo menos um dos carros da não tem conseguido largar.