Rio - O piloto goiano Laércio Justino morreu na tarde desta sexta-feira após um acidente durante a segunda sessão de treinos livres para a etapa da Stock Car, em Brasília.
As primeiras informações dão conta de que o piloto da equipe Porangatu rodou a mais de 170 km/h, pegou uma zebra na pista e capotou. O carro passou sobre o guard rail e se chocou com um guincho.
Justino, de 38 anos, foi atendido rapidamente pela equipe médica do autódromo e foi levado ao Hospital de Base, onde faleceu.
O treino livre já havia terminado quando Justino bateu. Na curva da entrada da reta dos boxes, ele perdeu o controle do carro e marcas de pneus no asfalto sugerem que ele derrapou "de lado" ainda na zebra. O carro foi se arrastando por vários metros, atravessou a pista e bateu no guard rail, parando somente depois que se chocou com um guincho. O
caminhão ainda bateu numa ambulância do Corpo de Bombeiros. A lateral esquerda do carro de Justino ficou completamente destruída com o impacto.
Rapidamente, médicos, equipes de resgate e fiscais correram para o local e retiraram Justino dos destroços. Depois dos procedimentos de reanimação, Laércio Justino foi levado de helicóptero para o Hospital de Base de Brasília, onde morreu.
Laércio Justino, de 38 anos, nasceu em Fortaleza (CE), mas mudou-se para Goiânia ainda criança. Começou no automobilismo logo cedo, sagrando-se campeão goiano de Kart. Foi campeão goiano e do Centro-Oeste de Stock Car e tricampeão goiano de Marcas e Pilotos. Também foi campeão brasileiro de Fórmula Corsa e vice-campeão da Copa Corsa e das Mil Milhas Brasileiras. O irmão dele, Ananias Justino, também é piloto de Stock Car.
Na Stock Car desta temporada, Laércio Justino participou das quatro primeiras etapas, mas não marcou nenhum ponto. Nos dois treinos livres oficiais desta sexta-feira, ele fez o sexto melhor tempo no primeiro e foi 15º no segundo.
Veja abaixo o Boletim Médico Oficial:
BOLETIM MÉDICO
O piloto da Stock Car V8, Laércio Justino, acidentou-se ao final do
segundo treino livre, sofrendo traumatismo crânio-encefálico cervical,
torácico e abdominal. As equipes médica e de resgate, após retirá-lo do
carro, iniciaram os procedimentos de reanimação que se estenderam durante
seu transporte de helicóptero ao Hospital de Base de Brasília, onde, após
continuidade destes procedimentos, sem resultados satisfatórios, foi
declarada a sua morte.
Dino Altmann
Médico da Associação Brasileira dos Pilotos de Stock Car e Fórmula.
Humberto de Carvalho Barbosa
Médico da Speed Help, empresa responsável pelo atendimento médico no
Autódromo Internacional de Brasília