São Paulo - São 1.499 minutos em campo. Média de um gol a cada 107 minutos. Assim pode ser resumida a participação de Dodô no Santos em 2001. Números suficientes para deixar o atacante, que sempre reclamava de ser mal aproveitado pelo técnico Geninho, sem crédito.
Após recorrer ao uso de números para reivindicar sua presença entre os titulares durante o Campeonato Paulista, utilizando a artilharia santista como trunfo, o atacante parece ter esgotado as justificativas matemáticas para tentar permanecer na Vila Belmiro.
Isso porque, mesmo fora da equipe em duas oportunidades (uma no início de temporada quando esperava ofertas para empréstimo e outra quando se indispôs com Geninho às vésperas do segundo jogo contra o Anapolina pela Copa do Brasil), ele foi o atacante que mais atuou os 90 minutos com a camisa santista neste ano, ao lado de Deivid. Os dois completaram oito partidas.
Mas nada disso parece convencer Dodô, que voltou a alfinetar o técnico santista ao comentar os números apresentados. "Preferia ter jogado mais, pois fui muito substituído durante as partidas. Esta foi uma opção constante do Geninho", afirma.
Com o passe livre a partir do próximo dia 30, Dodô, no Santos desde julho de 1999, prefere pensar no futuro longe da Vila Belmiro. "Estou muito longe de um acordo com o Santos. Meu procurador já está iniciando conversas com outros clubes e, em breve, terei uma novidade a respeito", diz Dodô.