Paris - O número de cabeças-de-chave aumentará de 16 para 32 nos torneios do Grand Slam, anunciaram nesta segunda-feira em Roland Garros os quatro presidentes desses torneios, que se reuniram quatro vezes para debater a questão durante o Aberto de Tênis da França.
As classificações "técnicas" da ATP e a da WTA serão a base da designação dos cabeças-de-chave. Mas será utilizada uma ponderação segundo um sistema objetivo em função dos resultados obtidos em cada superfície.
Esta medida será aplicada no próximo torneio de Wimbledon, que começa dentro de quinze dias. Tim Philipps, presidente do torneio londrino, explicou que o americano Pete Sampras, vencedor em sete ocasiões da prova, será favorecido com uma cabeça-de-chave superior à que corresponde sua atual classificação na ATP (26º).
Mas o comitê encarregado de designar os cabeças-de-chave em Wimbledon já não intervirá mais. Nenhum jogador que se encontre entre os 32 primeiros da classificação técnica da ATP será excluído dos cabeças-de-chave para deixar sua vaga a um especialista em quadra de grama como aconteceu no ano passado, o que provocou a saída dos espanhóis Alex Corretja e Albert Costa antes que começasse o torneio.
No que se refere às mulheres, o comitê continuará intervindo. "Este comitê fez menos mudanças entre as jogadoras nos últimos anos. A hierarquia mundial apresenta menos diferenças segundo as superfícies", comentou Tim Philipps para justificar a atitude.
"Agimos assim para preservar os interesses do tênis, dos espectadores, dos jogadores e de nossos torneios, cujas tabelas serão mais equilibradas. O nível dos jogadores e jogadoras está tão alto nesses últimos anos que não corremos o risco de que as primeiras rodadas percam o interesse com o aumento do número de cabeças-de-chave", concluiu Christian Bimes, presidente de Roland Garros.